terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Perfume

Sintonia suave é embriagante
aroma da paz, harmonia
caricias dedicadas ao vento 
suspiros suave da aurora.
Toca-me, envolve-me 
como um entardecer
evapora ao amanhecer
e transpira nesse ardor
de te querer.
quero sentir o perfume 
que faz delirar, 
nas curvas do teu corpo
me entrelaçar 
e assim poder ficar.
Alimentar na tua seiva
transgredir teu coração 
exceder na fantasia
me esboçar nesse amor.
É assim quando não mais puder
ficarei com o pulsar da tua alma
e o perfume que me embriagar 
dizendo como é bom te amar.
 

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Os Impulsos de uma Paixão

Capítulo IV
O nosso encontro foi inesperado, para falar verdade um esbarrão no mar, aquele lindo mar de Fernando de Noronha quando uma onda um pouco mais forte quebrou em cima de mim, resultado sai bolando e fui para aonde? Nos pés do Luis Fernando que educadamente me ajudou a levantar.
Naquele momento meu corpo estremeceu, senti algo que nunca havia sentido. Seu corpo tão próximo do meu, sua respiração ofegante, a cor penetrante dos seus olhos fixos a me olhar. Nesse instante o intervalo do tempo parece que resolveu se dissipar lentamente e só se ouvia e se sentia o bafejo do sopro do seu hálito dizendo cuidado e como um breve despertar do sonho mágico, Tia Dulce a bradar por socorro, dizendo que alguém estava morrendo afogada. No instante o encantamento presente se desfez como um rio trazendo um monte de penúria que se transformou em risos por todos. Nunca senti tão humilhada, não sabia o que fazer, para onde olhar, o que dizer.
Terminado o espetáculo e após a retirada estratégica da boba da praia a solução era caminhar a passos largo para casa sem olhar para trás. Chegando em casa só queria esquecer, esquecer, esquecer, como alguém esquece aquele olhar, a voz, o corpo, com esse turbilhão de sentimento como um instalo surgir a imagem de Mauro, então lembrei-me que já tinha problemas demais e que aquelas férias não era momento para namorico.
 Vamos voltar a realidade porque um lindo rapaz, de família de renome jamais iria se interessar por uma menina como eu, uma simples mortal. Deixada a ilusão a parte, durante o almoço nenhum comentário sobre o episódio, porém percebi que um olhar me segui pela casa.
Luiz Fernando acompanhava-me com o seu olhar e um singelo sorriso quando o encarava. Senti a ver como uma zombaria e ignorei. Mais parecia que esse tipo de joguinho o atiçava.
Naquele dia a louça do almoço seria minha. Uma das coisas que tia Dulce fazia questão era de manter a casa em ordem. Casa que não era dela mais se comportava como tal, pois tia Kar não gostava que nós fizéssemos alguma coisa que não fosse diversão, mas todos sabiam que a vontade da tia Kar era só vontade, porque Dulce a megera não deixava ninguém em paz.
Quando estava a lavar sentir um vulto a me seguir. Era ele com aquele olhar e sorriso safado dizendo:  deixa eu te ajudar!
-- Você lava e eu enxugo.
Não respondi nada, resolvi por bem manter a distância.  Até porque nessa altura do campeonato já estava a enxugar e guardar as coisas nos seus lugares. Tinha ainda que varre e passar o pano na cozinha e tirar o lixo, tarefa à qual me ajudou com muito apreço e que devo conversar foi ótimo assim terminei bem mais rápido. Mas sabia que essa atividade não iria sair barata, e estava certa.
Quando concluímos, perguntou o que eu iria fazer depois? ...
Fui para lavanderia e tomei um susto. Chegou e disse:
---- Me dá um beijo! 
---- como assim? Um beijo?

Ele pensa que eu era quem? Ou melhor, beijo não se pede simplesmente acontece!

Capitulo V

Três dias nesse paraíso e parece três meses, foi nesse momento que dei por conta que todo esse tempo não tinha ligado ainda para Mauro, nem avisado que tinha chegado e que estava tudo bem.
Nesse momento senti uma angústia, uma espécie de culpa, de som longínquos a se aproximar e me questionar como poderia sentir feliz? Sabendo que deixei alguém a me esperar e nele pusera uma paixão doentio como rubras flores ardentes. Foi que percebi que o “Pequeno Príncipe tinha razão somos responsáveis por aquilo que cativas”. Eu me tornei responsável por Mauro e por tudo que sentimos e que construímos em comum. Não tinha certeza se iriamos voltar, mas naquele momento eu precisava colocar as ideias e os sentimentos em ordem, pois pressentia que um tsunami estava próximo em silencio, mas sentia o seu soar a agitar.
Corri para o telefone mais próximo, porque o fone da casa tinha um cadeado enorme na qual a chave estava na cintura da tia doce Dulce. Ligue para Mauro que naquele horário não se encontrava em casa, estava trabalhando. Havia esquecido e me perguntava como?
Então resolvi espera o cair da noite para ligar novamente e revirando minha bagagem encontrei alguns livros que a minha querida professora de literatura nos impôs a ler durante as férias.
 Resolvi ficar em casa e por minha leitura em dia como se conseguisse.
As vezes enganasse é uma boa solução. Comecei com José de Alencar “Iracema a virgem dos lábios de mel e cabelo mais preto que a asa de uma graúna”. O único lábio que vinha na minha mente era de Luís Fernando.  Em um mundo de turbilhão aquela leitura se paralisou na sôfrega avidez dos meus desejos ao pronunciar a palavra lábios. As duas imagens se enrolavam na minha mente e um silêncio soturno outra vez abatia minha alma.
Não consegui prosseguir com a leitura. De repente um brando estremeceu a casa era o povo voltando da praia, morrendo de fome, pedindo para tia Kar o almoço e tia Dulce dizendo que todos tinham que tirar a areia da praia, trocar de roupa antes de ir a mesa para ela servir o almoço.
Mais uma vez tentei isolar-me, fugir daquela agitação e daquele olhar.
De alguma formar folhear livros dentro de uma rede no final do sitio serviu para passar o tempo e acabei adormecendo.
A tão esperada noite chegou e todos estavam muito animados, pois haveria um luau. Tia Kar vendo minha distância perguntou se estava com algum problema, se alguém tinha feito algo que me magoasse. Disse que estava com saudade de casa, já que era a minha primeira viagem sem minha mãe e o seu controle me fazia falta. Tia Kar sorriu perguntou se queria ligar para ela .É claro que minha mãe já tinha ligado umas dez vezes, mas precisava de uma desculpa para ligar para Mauro.

Capitulo VI
Todos animados para o luau. O clima de paquera, azaração estava em pelo vapor, os hormônios dos meninos estavam expelindo como uma panela de pressão. Todos querem se dá bem e eu com uma enorme dúvida ligo ou não ligo para Mauro. Então resolvi ligar. Adivinha para o quem? Minha mãe que por sinal adorou a ligação.
Cinco ou seis palavras no máximo e resolvi fazer o que era para ser feito.
---Pronto liguei ...
----alo!
---alo, quem fala?
----Mauro Está?
---- Hum eu acho que sim, pois estava nesse instante falando com uma gatinha aqui na frente da casa.
 Como assim, gatinha!!!!
----Já esqueceu minha voz meu amor!!!!
---- Estava morrendo de saudade, como você me deixa assim sem noticia, estava preocupado!
----- Huuum! Gatinha! Não mude de assunto!!
----- Quem me esqueceu foi você que não reconheceu minha voz!
---- Eu pensei que fosse seu pai, sua voz estava tão grave.
---- Acordei agora e meu sonho tornou realidade. Falar com você. Ultimamente é só lá que você aparece e me pertence. Nunca pensei que fosse dizer isso mais esses dias sem você foram os piores. A saudade chega a doer na minha alma se eu pudesse estaria aí do seu lado te enchendo de beijos e carinhos. Meu amor EU TE AMO e acho que não fiz certo em relação a sua família. Vamos fazer direito, quando voltar iremos falar com sua mãe permitir que ela me conheça e perceba que sou um bom rapaz e que estou apaixonado por sua filha loucamente.
---- Amor você está aí?
--- Estou! Fiquei surpresa com tudo que você falou principalmente pela as três palavras mágicas, não esperava!!!
----Dizer Que EU TE AMO é a pura verdade, pois sei que você me ama!
---- Claro! Gostaria muito que nós estivéssemos junto para curtir esse paraíso. Nossa seria perfeito, mas a vida é feita de realidade e não de sonho. Se assim quis o destino andaremos de mãos dadas, porém por caminhos separados.
---- Até você voltar!
--- Tenho que desligar! Beijos!
---- Beijos! Sonhe comigo meu anjo, pois nos meus estais sempre presentes, no sonho, na mente, na alma e no meu coração. Beijo!
 Nossa sentia-me atordoada, toda aquela declaração me deixou bastante surpresa e tensa. Mauro fazendo planos para um recomeço feliz, entretanto tinha minhas dúvidas e receios não por minha mãe, mas por mim.
Muita coisa tinha mudado principalmente meus sentimentos. É claro que gostava do Mauro e com o tempo distante ouvir sua voz novamente fez meu coração disparar. Queria tê-lo ao meu lado de forma serena, sem brigas, sem discursão. Na verdade, muito do que o Mauro se tornou foi graças a mim.  E nas minhas reflexões eu compreendia que amava o rascunho que tinha passado a limpo e não a sua essência e era por essa essência que queria apaixonar-me quando voltasse.
   Como a noite só estava começando fui me aproximando do luau que estava muito animado. As fogueiras, as músicas no toque do violão e das palmas, todos tão animados que me permitia anima-me também. E por algumas horas cantamos todos juntos, dançamos, rimos ...

Capitulo VII

A festa estava boa, mas aos poucos a turma foi se dissipando. Tia kar disse que iria entrar e que não ficássemos até tarde e tratasse de apagar todas as fogueiras.
Não muito distante, no alto de uma colina que ficava na descida da rua para praia estava Luís Fernando a observar reservadamente, aparentemente parecia que não gostava desse tipo de evento, já não poderíamos dizer o mesmo dos seus irmãos que participaram com uma animação extraordinária.
Sentia um poder enigmático, uma frieza, um desdenho, um mofar, talvez por sua parte por não está participando de algo tão juvenil na qual nos pertencia. Parecia que ele tinha o dobro de sua idade e que aquele mundo não a pertencia.
Resolvi organizar a bagunça na praia, não sentia bem deixar aquela sujeira. Eu e minha mania de limpeza. Mais quem eu queria enganar. Estava me esquivando de Luiz Fernando. Tudo que eu não precisava naquela noite era do seu olhar e do seu sorriso como companhia.
De repente alguém toca minha mão. Juro que feche os olhos para não enxergar, pois tinha certeza que era Luiz Fernando.  Meu coração disparando e os milênios de segundos de um piscar de olhos duraram uma eternidade.
  ---Não devia ficar aqui sozinha pode ser perigoso. Sorriu com aquele sorriso.
--- Você precisa se libertar dos males da cidade, perigoso é deixar esse lixo que esses nossos amigos irresponsáveis deixaram nessa preserva ambiental.
---Mesmo assim era só ter me dito que eu mandaria os meninos limpar!
---Você é sempre assim autoritário, mandão, arrogante, lindo, gostoso, esse olhar!!! Certo que essas últimas palavras ficaram atormentando minha mente.
Ele riu organizou tudo é saiu.
Fiquei a pensar! Foi isso que aconteceu deu as costas para mim, será que esqueceste que estavas ali.
Caminhei pausadamente, saboreando aquela brisa do mar e quase absolta, me deleitando as sensações das palavras de Mauro com o fitar de Luiz Fernando deparei-me como em um espelho na qual o reflexo era Luiz. Rosto a rosto, na troca de olhares na linha da boca do outro. Novamente aquele sorriso desabrochando e arrebentando e desconcertando as minhas certezas. Ficamos ali, não recuei. Grande foi aquela sensação de sentir tão próximo a mim. Não me atrevi a dizer nada; ainda que quisesse, faltava-me palavras. Presa, atordoada naquele sorriso e naquele olhar, não achava gesto nem ímpeto que me arremessasse dali.
Senti seus dedos roçar minha nuca era uma sensação de puro deleite. Via-me entrelaçada nos seus braços e sem querer fugir entreguei-me aquele puro e mágico momento. Seus lábios passando suavemente sobre o meu rosto descendo para meu pescoço quando exclamou:
Tétis, ninfa criatura capaz de envolver e despertar o amor entre cristãos e pagãos.
Aurora extraordinária da doçura desconhecida.
Hábil menina surdiu até então um amor desconhecido.
Murmurou mais duas ou três palavras e saiu.

Capitulo VIII

Durante alguns dias Luiz Fernando esteve ausente e das poucas notícias que tivera era que teve de voltar para resolver negócios que seu pai já havia agendado.
Seus irmãos continuavam a povoar a casa, essa era minha tábua de salvação de vê-lo novamente nem que fosse só para buscar seus irmãos.
 Suas palavras não saiam da minha mente, povoava com o Eu te amo de Mauro o que só aumentava minha angústia e torturava ainda mais.
No meio dos meus pensamentos turvos algo se repetia constantemente por que Luiz Fernando não me beijou? Ao contrário da outra vez que fez aquela brincadeira ridícula na lavanderia até tentou me agarrar sendo que eu o empurrei. Dessa vez não. Ele me tinha em seus braços, estava embriagada por suas palavras em estado de estase de pura contemplação. Por quê? Por quê?
Três dias fora para mim uma eternidade. Acredito por convivermos tudo se torna mais intenso, eu não acredito que estou sentido falta daqueles olhos, daquele sorriso. Minha nossa que loucura é essa, tenho que encontrar meu equilíbrio, voltar para o meu estado inicial, não posso me apaixonar, se já não estou apaixonada!
Tudo seria bem mais fácil se Mauro estivesse aqui!
Certamente Luiz Fernando passaria despercebido por ...
Tenho que me ocupar minha mente, um pouco de cultura sempre distrai a mente aflita e coração.
Eis que encontrei uma distração perfeita; Luiz Augusto irmão do meio de Luiz Fernando aproximou-se não sei explicar como, mas de repente nos tornamos amigos.
 Ele era um jovem formidável. Lembro que primeira grande conversa foi sobre o livro Amor de Perdição na qual dizia ele que o amor é algo revigorante, renovador, não lhe caberia o título de perdição, de maldição.
Lembro-me que passamos horas debatendo até as suas irmãs nos interromper dizendo que Luiz Fernando voltava na sexta trazendo uma surpresa.
Meu coração pulsou no descompasso total, tentei disfarça acho que não consegui, pois Luiz Augusto notara que minhas feições mudaram ao falar em seu irmão.
Tinha um entendimento lúcido e rápido das coisas que elevar-se a mais transcendentes concepções. Olhou para mim e disse: sabe alguns dias atrás acha você muito esquisita, mas agora que te conheço melhor seria uma honra te chamar de cunhadinha!!!!!!
Percebi que humor fazia parte da família, é claro que neguei qualquer insinuação, mesmo sabendo que era inútil tal tentativa.
Augusto me dissera que Luiz Fernando nunca amara de verdade que gozava da plena liberdade com suas excentricidades como um rapaz rico, mas professava sua pureza e severidade como um lorde. Todavia, como homem não deixava de amar os prazeres, o luxo, a elegância e as mulheres. Entretanto ainda não havia encontrado a mulher que lhe devia tocar o vago coração poético.
Foi então que revelou que nos observou esses últimos dias e não entendia o porquê da minha recusa aos encantos do seu irmão. Dizia que ele seria incapaz de me magoa.
Disse-lhe que que não era bem assim, que tinha receio de ser apenas uma aventura de verão para Fernando. Argumentei mostrando nossas diferenças, nossas realidades e mundo tão distinto a qual fazíamos parte. Mas para jovem filosofo e poeta Augusto nada justificava, para ele tudo se resumia em medo de amar.
Afirmava que seria um desencanto, um assombro terrível se sua família soube que estava de namorico com uma jovem pobre. Basta suas irmãs que olha com desdenho para todos da casa e principalmente para mim.


Capitulo IX
Passaram os dias e Augusto assumira a função de cupido e meu fiel escudeiro. Tentava me convence que seriamos o par perfeito (eu e Fernando), ouvia todas as minhas objeções sempre com contra-argumentos fortíssimos que não tinha como replicar.
Então, resolvi por bem contar toda história, não achava justo enganá-lo. Contei do meu romance com Mauro é tudo que ocorreu e que esse era o verdadeiro impedimento da minha parte. Não seria correto, até porque com Mauro tudo era realidade e com Fernando não passava de uma linda quimera.
Augusto com um olhar extático e singelo, sorriu e disse: serei o interprete inspirador de suas inquietações e angústias, serei seu alento para vencer as dificuldades dessa árdua situação, saiba que sempre poderá contar comigo.
Sua voz arrebatou meu peito e percebi que ali encontrava-se um grande amigo.
Agora ganhara outra missão de resolver minha situação com Mauro devo afirmar que conta toda essa história me fez sentir melhor, mais leve, solta, em paz. Pude realmente desfrutar daquele paraíso. Comecei a ficara mais próximo de todos da casa, brincávamos, cantávamos, sorriamos por tanta bobagem que as horas passaram leve e sereno até Augusto me avisar que tinha uma ligação.
Corri para atender pensava que era minha mãe. Quando disse alo! Uma voz original corta a ligação respondendo:
--- Amemos! Quero viver no teu coração, sofrer e amar essa paixão que na tua alma suspira ardentes encantos!
----Mauro você enlouqueceu de ligar para cá!!
---Como assim Mauro????
--- Já me trocaste por outro, logo você que me pareceu ser tão diferente.
--- Quem está falando ???
--- Sou eu, Luiz Fernando, mas desculpa foi engano.
...
Atordoada com a ligação parecia que um abismo profundo se debatia sobre mim. Frágil, perplexa com sua ação, sentia-me no meio do oceano sacudida por golpes de ondas gigantesca.
Augusto veio ao meu socorro e estendeu sua mão.
Juro que não sabia mais o que sentia, meu coração estava oprimido não consegui conter as lágrimas, mas afinal porque chorar. Eu não tinha nada com Luiz Fernando a não ser um joguete de sedução. Minha alma gritava amargas reflexões.
Resolvi caminhar pela praia para tentar romper aquele desalento. Augusto insistiu em ir, mas disse que queria ficar sozinha.
Caminhei até o entardecer; os tons de azul e verde da água do mar, o céu dourado no pôr do sol, os coloridos dos corais de peixinho fizeram encontrar a paz que tanto ansiava.
Resolvi que partir daquele momento eu iria curtir aquelas férias como todos faziam menos eu. Iria sair, viver tudo que esse lugar paradisíaco poderia me proporcionar;  e iria entregar-me a luxuria estrema da carne.


Capitulo X

Na manhã seguinte Augusto chamou para conhecer a praia do leão que ficava no lado sudeste da ilha sendo considerada a mais bela do arquipélago. Segundo Augusto é o local onde as tartarugas marinhas desovam e possuía a maior extensão da ilha com piscinas naturais. Como estava disposta a viver mergulhei nessa aventura.
Teríamos como contrapeso as entojadas das suas irmãs, mas pouco importava, pois, o meu corpo estava vivo como nunca, sentia o pulsar do sangue correndo em minhas veias e adrenalina pulsar todo meu organismo.
Caminhamos por cerca de quase duas horas, já que a última praia e fica virada para o Mar de Fora. Quando finalmente chegamos que visual. Avistamos as Ilhas do Morro do Leão e a Ilha do Morro da Viuvinha, a águas verde azuladas e areia avermelhada, as formações rochosas, uma beleza selvagem. No canto esquerdo no deparamos com lindas piscinas entre recifes de corais, onde é proibido caminhar ou mergulhar e encontramos um guia do parque que nos passou essa informação. É muito importante que respeitassem as regras para que o lugar permanecesse como encontramos. Aproveitamos o momento para conhecer o projeto Tamar que protege as tartarugas marinhas e ficamos encantados com tudo que vimos e ouvimos. Combinamos de um dia para ver a abertura dos ninhos.
Saímos da praia do Leão para fazer uma trilha Ponta do Capim-Açu e chegar a outra extremidade da ilha, onde há ruinas de equipamentos construídos durante a Segunda Guerra. Caminhamos por encostas íngremes até chegar à Ponta do Capim-Açu. Percebia-se que toda aquela excitação e euforia encantava o jovem Augusto que tinha um brilho no olhar que me fixou por alguns minutos.
Estava eufórico e eu morta, mas feliz há tempo não me divertia tanto. Augusto era uma espécie rara engraçado, divertido e amigo.
Estava decido a tirar-me da rotina, ao final da tarde levou-me para ver surfar e ter aula de surf na praia de Conceição, na qual foi uma tarefa muito difícil por não saber nadar não me atrevi sair da areia.
Os dias se passavam e a cada dia uma aventura diferente. Era até interessante ligar para Mauro e contar todas as aventuras é claro ocultando que do meu lado tinha um moreno lindo de 17 anos. Aliás ligar para Mauro tinha tornando rotina já que Augusto me ajudava sempre, e como sempre não deixava ele falar para não vim aquele sentimento de saudade e sempre desligava dizendo “tenho que desligar agora beijo até amanhã. ”É mas tudo que é bom dura pouco. Ouvir as irmãs de Augusto dizer que no final de semana Luiz Fernando voltará e que trazia consigo algumas surpresas e presentes para todos. Aproximava-se o meu martírio, pois o meu carrasco estava prestes a chegar e aquela vida de diversão acabaria no momento que avistasse.
Estava certo de Fernando chegaria na sexta-feira, porém na quinta ao amanhecer quando todos estavam a dormir ouvimos um barulho ensurdecedor era Luiz Fernando mais lindo como nunca, se isso poderia ser possível. Aquela agitação acordou a casa toda.  Aos meios de beijos e abraços de todos, cheguei a pensar que fosse ignorar-me, mas não veio todo sorridente em minha direção abraçou-me longa mente e no impulso deu-me um breve selinho na boca que fez-me ficar corada na frente de todos. Porém esse selinho ele saiu repetindo em todas. Dizendo que estava muito feliz por voltar e tinha resolvido que iria mora em Fenando fazendo um trocadilho com seu próprio nome. Tia Kar veio a interromper mais a tia Dulce que mandou ter modos o que tinha ocorrido para fazer todo aquele barulho e sair beijando todo mundo, entretanto Fernando pegou tinha Dulce pela mão e pôs a bailar no meio da sala. Todos riam tinha virado uma festa e devo confessar que surpreendeu o seu comportamento sempre tão sério. E no meio das voltas que dava em tia Kar e Dulce seu olhar voltava a procurar meu rosto com sorriso nos lábios e uma certa indiferença no seu coração. Não havia remédio era preciso sofrer, com um prazer na face o martírio que me oferecia.
Augusto aproximou-se abaixando os olhos e balançando a cabeça como quem quiser anunciar que algo estava errado e saiu da sala e ao passar por mim sussurrou “fique certa que tudo isso tem um propósito de um certo desejo de vingança”. A princípio não liguei, Fernando conseguia prender-me por vontade.
Após alguns longos minutos acalmou-se e disse que tinha conseguido resolver os problemas da empresa da sua família e que conseguira uma parceria incrível e que os negócios da família não poderia estar em melhor mãos. Distribui presente para todos. Lançou-me um olhar de bondade e proteção ao entregar o presente com um cartão que resolvi esconder.
Agradeci condescendentemente e retire-me da sala. Procurei um lugar ameno para ver o que tinha escrito no cartão, que dizia: “você provocou incêndio na minha boca, e nos meus pensamentos naquela noite e, pois fogo no meu mundo com a palavra Mauro.”
- Que abominável! Nunca jurei amor, era só um joguete em suas mãos. Sim! Agora entenderá cada palavra profetizada por Augusto. Sabias que Fernando iria ferir meu coração com suas ações e curaria com seu sorriso! ...
Ao abrir a caixa tinha um lindo vestido vermelho bem artesanal feito de crochê e rendas e um outro cartão dizendo “te espero logo mais no Bar da Cachorra” se isso acontece alguns dias atrás eu ficaria furiosa, mas agora como já conhecia todos os lugares daquela linda ilha tinha certeza que ele não escolheria esse afrodisíaco lugar por acaso.
Sai em busca do Augusto para mostrar lhe tudo que Fernando tinha feito. Augusto disse ousou dizer-me novamente;
--- Fernando está apaixonado e pior sente rejeitado por ti. Não queria está no seu lugar, conheço meu irmão e sei como ficas quando é contrariado.
---Por que haver de ficar assim nunca se quer trocamos juras ou algo que estivesse relacionando a sentimento. Só olhar e no máximo algumas caricias que vieram de sua parte.
Não sei nada da sua vida, se tem alguém, para ser sincera, sei muito mais de você Augusto meu querido amigo do que do seu irmão.
--- O que faço agora? Vou ao tal encontro?
--- Sim!!! Não se preocupe irei com você, farei parecer um acaso, já que meu irmão não sabe que nos tornamos amigos não irá suspeitar de nada.
--- Estou aflita, meu coração está em sobre salto e em frangalhos, não sei se pagarei para ver.
--- Sim !!! Irás, belíssima com esse vestido, deixara sem ar, sem chão ao vê-la tão linda e também será uma ótima oportunidade de colocar tudo em pratos limpos, afinal vocês não têm nada? Certo!
--Certo! Como sempre! Eu já disse que você é um anjo e que eu te adoro.
--- Hoje não!!!....
(...)
Era oito horas, já tinha começado a me arrumar, como nos últimos dias sempre saia a noite não seria novidade sair novamente naquela noite, mas passei no quarto de tia Kar que rezava e ao me ver sorriu dizendo; “como está linda moça, aonde pensa que vai”?
 Irei passear dá uma volta, não vou demorar, quando tia Kar me interrompeu...
Lindo esse vestido! Foi Luiz Fernando que trouxesse para você?! Como sempre ele tem um excelente gosto.
Saí do quarto um pouco envergonhada quando ela falou:
-- lembre-se o que nos impede de cometer pecado é a prudência, então hoje nada de ser prudente.
Então está na hora de jogar-me a fera.

Poema Cabeça




Essa dor latente que angustia minha alma
Que de repente tomou conta de mim.
Que dói, que perturba, que me desestabiliza
Que me deixa sem sono, sem calma.
 Sem saber para onde ir.

Apossou-se do meu corpo sem pedir permissão
Tomou conta da minha mente como se fosse algo fraco
Fazendo esquecer-se das incríveis batalhas que tivemos durantes dias e noite.
Sem que eu percebesse já estava rendida, completamente entregue.

Não sou mais eu, sinto-me perdida como nunca me sentir.
Sem chão, sem ar, completamente insegura.
Com medo,
assim não consiga reagir.

Percebo que agora não posso lutar contra ti
Neste presente momento tu és mais forte
Pois tomaste conta de mim!

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Os impulsos de uma paixão

Os impulsos de uma paixão


|
Melo Abreu

Esse é primeiro de muitos manuscritos que ficam guardados em velhos cadernos que aos poucos estou digitalizando e quem sabe transformando em romance.

Capitulo 01
Até que fim,  Férias! Estava ansiosa por esse momento e ao mesmo tempo apreensiva, pois alguns meses vinham tendo um envolvimento amoroso com Mauro que era alto tinha uma pele clara, melhor dizendo branquinho como eu o chamava. Seus olhos azuis apesar dele sempre dizer que era verde, seus cílios longos e bem pretos destacavam naquele lindo rosto.
Lembro-me que conheci Mauro por acaso e mais ainda foi o nosso relacionamento não sei dizer quando começo mais sei bem como terminou.
Tinha 16 anos, eu acho se não me falhei a memória cursava o ensino médio, iniciei muito cedo os estudos, mas lembro de claramente que Mauro era bem mais velho tinha cause 21 e não estudava, repetiu alguns anos e por isso deixou o estudo de lado. Não consegui livrar-me do horrível dedo pobre, pois todo menino que gostava tinha que ser inferior a mim. Isso era um sério problema acho que tenho algum traço para ser dominadora e eles os submissos. Deixando de lado as brincadeiras, devo confessar que algo naquele rapaz me chamou muito atenção e não sei como, tempo depois já estava entrelaçada nos seus braços e embriagada por seus beijos.
Estranho caminho que a vida segue, vão entender. Pois bem começamos um namoro à moda bem antiga, sabe? Daqueles que mãe não pode nem sonhar, então foi assim o nosso namoro durou 06 longos meses, alias longuíssimos meses parecia uma eternidade.
Em algumas semanas eu tinha feito uma revolução em sua vida. O meu lindo amor estava trabalhando e estudando a noite, não andava mais com aquela turma da pesada que ele andava. Há o principal estava se vestindo melhor. Digo novamente o dedo pobre até hoje só tive um namorado que se vestia bem.  
Nosso amor crescia cada vez mais, apesar de todas as imperfeições sentia que amava loucamente e que esse amor era plenamente correspondido.
Ele era o plebeu com personalidade de Príncipe, incapaz de fazer algo que me magoasse ou que me deixasse triste. Adorava andar de bicicleta, patinar juntos, apesar dos tombos. Sempre estava ali com aquele sorriso para me socorrer.
Devo dizer que algo tão simples se tornou forte porque nos víamos todos os dias ante de ir ao colégio e a noite quando chegava do trabalho e como estudava na escola de frente a minha casa não preciso falar mais nada.
Dizem que felicidade de pobre dura pouco. Verdade! Se bem que eu acho que naquele momento todo mundo já sabia menos minha mãe. Eu como morria de medo dela nunca falei do meu namorico de adolescência. Mas se você não fala vem outra e fala se posso dá um conselho procure falar sempre a verdade não é fácil, mas é melhor.
Em uma manhã bela ensolarada Mauro foi me buscar na escola era prova então ficamos juntos conversando, brincando até o horário de ele ir ao trabalho. Como lá em casa ninguém sabia de nada, estava tudo perfeito até a hora da despedida que não sei como uma vizinha fofoqueira nos viu, nos beijando, aquele beijo que passara amanhã inteira desejando e o mesmo só me dava quando não tinha ninguém na rua. Não sei como, contudo, já estava nos ouvidos da minha mãe dias depois e pior ocorreu no dia que eu não o vi.
Quando cheguei a casa minha mãe estava com aquela cara que ia matar alguém. (eu) perguntou como era estava a escola eu disse bem. Muito sábia, a mesma já tinha ligado antes para escola para obter informações. Dancei feio nesse momento. Disse logo que eu tinha que estudar que estava muito cedo para namorar que no momento certo iria aparecer um bom rapaz de família quando estivesse com os meus 18 anos iria namorar. Mal sabia ela o que o futuro nos guardava. Durante mais ou menos uma hora tive que ouvir tudo que minha mãe despejava como uma máquina alucinada sem controle e calada estava, calada ficava ,até o momento dela dizer que não queria mais saber de história nenhuma minha  com certo marginal, maconheiro e vagabundo. Tudo bem, que eu tinha dedo pobre ,mas já era de mais.
Não aguentei foi o estopim para uma guerra na qual mãe e filha tinham virado inimigas mortais. Como poderia falar assim do meu nobre vagabundo que tinha virado um belo e respeitoso plebeu. Discutimos por horas até é claro a toda poderosa dizer que eu estava de castigo e que não sairia mais de casa e iria para o colégio sob sua vigilância. Longo mês de junho. Foi nesse momento que meu namoro com Mauro estremeceu. Não nos via, nem nos falávamos e pior algumas pessoas fofoqueiras estavam fazendo intriga.
Dias ruim aquele até minha digníssima Mãe ter a belíssima ideia que nas férias eu iria viajar com a minha tia e depois passar o resto do mês na serra com ela fazendo caridade. Nada contra, antes eu até amava essa programação, mas agora era diferente existia ele “Mauro” meu  amado vagabundo.


Gotas de afeto (caderno de poemas)

ABISMO (por Melo Abreu)
Amo-te na sombra, na penúria da noite
na qual só no pensamento teu corpo se materializa.
Triste destino esse, 

ver o ser amado é não poder tocar!
observá-lo de longe é o meu castigo.
Sonho com o momento 
que terei em meus braços 
sentindo o pulsar das tuas aveias 
se delatando com o calor do meu corpo
com arrepio da tua pele no toque dos  meus beijos
transpirando teu perfume e 
se perdendo nas curvas do teu corpo.
Oh! doce alento,
porque me faz mergulhar no abismo do teu olhar
se não posso te amar!