quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Os impulsos de uma paixão

Os impulsos de uma paixão


|
Melo Abreu

Esse é primeiro de muitos manuscritos que ficam guardados em velhos cadernos que aos poucos estou digitalizando e quem sabe transformando em romance.

Capitulo 01
Até que fim,  Férias! Estava ansiosa por esse momento e ao mesmo tempo apreensiva, pois alguns meses vinham tendo um envolvimento amoroso com Mauro que era alto tinha uma pele clara, melhor dizendo branquinho como eu o chamava. Seus olhos azuis apesar dele sempre dizer que era verde, seus cílios longos e bem pretos destacavam naquele lindo rosto.
Lembro-me que conheci Mauro por acaso e mais ainda foi o nosso relacionamento não sei dizer quando começo mais sei bem como terminou.
Tinha 16 anos, eu acho se não me falhei a memória cursava o ensino médio, iniciei muito cedo os estudos, mas lembro de claramente que Mauro era bem mais velho tinha cause 21 e não estudava, repetiu alguns anos e por isso deixou o estudo de lado. Não consegui livrar-me do horrível dedo pobre, pois todo menino que gostava tinha que ser inferior a mim. Isso era um sério problema acho que tenho algum traço para ser dominadora e eles os submissos. Deixando de lado as brincadeiras, devo confessar que algo naquele rapaz me chamou muito atenção e não sei como, tempo depois já estava entrelaçada nos seus braços e embriagada por seus beijos.
Estranho caminho que a vida segue, vão entender. Pois bem começamos um namoro à moda bem antiga, sabe? Daqueles que mãe não pode nem sonhar, então foi assim o nosso namoro durou 06 longos meses, alias longuíssimos meses parecia uma eternidade.
Em algumas semanas eu tinha feito uma revolução em sua vida. O meu lindo amor estava trabalhando e estudando a noite, não andava mais com aquela turma da pesada que ele andava. Há o principal estava se vestindo melhor. Digo novamente o dedo pobre até hoje só tive um namorado que se vestia bem.  
Nosso amor crescia cada vez mais, apesar de todas as imperfeições sentia que amava loucamente e que esse amor era plenamente correspondido.
Ele era o plebeu com personalidade de Príncipe, incapaz de fazer algo que me magoasse ou que me deixasse triste. Adorava andar de bicicleta, patinar juntos, apesar dos tombos. Sempre estava ali com aquele sorriso para me socorrer.
Devo dizer que algo tão simples se tornou forte porque nos víamos todos os dias ante de ir ao colégio e a noite quando chegava do trabalho e como estudava na escola de frente a minha casa não preciso falar mais nada.
Dizem que felicidade de pobre dura pouco. Verdade! Se bem que eu acho que naquele momento todo mundo já sabia menos minha mãe. Eu como morria de medo dela nunca falei do meu namorico de adolescência. Mas se você não fala vem outra e fala se posso dá um conselho procure falar sempre a verdade não é fácil, mas é melhor.
Em uma manhã bela ensolarada Mauro foi me buscar na escola era prova então ficamos juntos conversando, brincando até o horário de ele ir ao trabalho. Como lá em casa ninguém sabia de nada, estava tudo perfeito até a hora da despedida que não sei como uma vizinha fofoqueira nos viu, nos beijando, aquele beijo que passara amanhã inteira desejando e o mesmo só me dava quando não tinha ninguém na rua. Não sei como, contudo, já estava nos ouvidos da minha mãe dias depois e pior ocorreu no dia que eu não o vi.
Quando cheguei a casa minha mãe estava com aquela cara que ia matar alguém. (eu) perguntou como era estava a escola eu disse bem. Muito sábia, a mesma já tinha ligado antes para escola para obter informações. Dancei feio nesse momento. Disse logo que eu tinha que estudar que estava muito cedo para namorar que no momento certo iria aparecer um bom rapaz de família quando estivesse com os meus 18 anos iria namorar. Mal sabia ela o que o futuro nos guardava. Durante mais ou menos uma hora tive que ouvir tudo que minha mãe despejava como uma máquina alucinada sem controle e calada estava, calada ficava ,até o momento dela dizer que não queria mais saber de história nenhuma minha  com certo marginal, maconheiro e vagabundo. Tudo bem, que eu tinha dedo pobre ,mas já era de mais.
Não aguentei foi o estopim para uma guerra na qual mãe e filha tinham virado inimigas mortais. Como poderia falar assim do meu nobre vagabundo que tinha virado um belo e respeitoso plebeu. Discutimos por horas até é claro a toda poderosa dizer que eu estava de castigo e que não sairia mais de casa e iria para o colégio sob sua vigilância. Longo mês de junho. Foi nesse momento que meu namoro com Mauro estremeceu. Não nos via, nem nos falávamos e pior algumas pessoas fofoqueiras estavam fazendo intriga.
Dias ruim aquele até minha digníssima Mãe ter a belíssima ideia que nas férias eu iria viajar com a minha tia e depois passar o resto do mês na serra com ela fazendo caridade. Nada contra, antes eu até amava essa programação, mas agora era diferente existia ele “Mauro” meu  amado vagabundo.


Nenhum comentário: